Recebi sua palavras como se fossem
para mim.
Não me pareciam geladas, como
noites de inverno.
Aconselhava-me a viver.
Sim, em rainha me transformei.
Encantada me perdi.
Fantasiei, sonhei, tive pecado capital,
gula e cobiça.
Andei na garupa de um cavaleiro e na
intimidade que imaginava ter, me
adentrei floresta afora, querendo
sentir sua alma e desvendar seus
misterios.
Senti o vento frio em minha face e sua
melodia adoçou minha vida.
Hoje tento tirar água de pedra, fazer
nascer flores na solidão
Quero abafar meus gritos cada vez que
minha dor tenta fugir levando minha
alma como refém
Só o que descobri é que és viajante.
Estás ai...como eu estou aqui.
Somente a lua por nossa testemunha !
Talvez goste da inconstância da vida
e em todo porto quer estar, talvez não !
Quem sabe seu nome seja mesmo
esse que gostas de usar, Enigma.
Aqui já é inverno...
Lucia Mendonça
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